sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Pontos da vida


Vinte de agosto de 1960 começou o campeonato mais esperado de todos os tempos. Leli e Dico abrem o placar trazendo ao mundo Naira de LOOOUURDES Lopes da Silva e a torcida vai ao delírio, principalmente os mais fanáticos Dêlma e Nego, os conhece? Pois é, o jogo foi correndo, o tempo passando e ao final do Primeiro set Naira marca o último ponto no altar e o mais importante, que ao furar o bloqueio de Adélio e Nadir marcou o coração de Milton para o resto de suas vidas.
Segundo set começa, Milton e Naira entram com tudo e marcam logo com a chegada de Jaqueline, uma a mais para ajudar o time em busca da felicidade plena. O jogo fica difícil, mas é batalhadora essa Naira, defende tudo de ruim que tenta invadir sua área, ataca sempre para uma vida melhor e bloqueia qualquer bola que tenta furar seus ideais, nada disso adiantaria sem a ajuda de Foguinho que está sempre ali pronto para lhe fazer qualquer cobertura. Mais um grande ponto foi marcado, Henrique outro ilustre jogador veio para reforçar o time. E assim segue o jogo, apesar das dificuldades Nairinha e Miltinho continuam marcando espetaculares pontos e em um deles destacou-se Giuliane que através de um susto chegou “quebrando” tudo!  Porém no final do set o time sofreu com dois desfalques, Leli e Dico têm de partir. Naira sente-se frágil e não consegue segurar os pontos que obtiveram até o momento e assim sofrem uma derrota sofrida com muitas alegrias ao decorrer da partida.
Tie-Break, acelera coração!! É amigos, o jogo é difícil, Naira sofre uma lesão no joelho, mas está decidida a ir até o final, pois está mulher é guerreira e nunca desiste de correr atrás de seus sonhos. Por mais que estivesse machucada e incapaz de seguir em frente, nunca abandonou o jogo, seguiu forte e de peito aberto para enfrentar qualquer bola que tentasse invadir seu lado da quadra. Ela se tornou o grande exemplo do time, onde todos se espelham até hoje. É, o campeonato ainda não acabou, todavia o time de Naira continua firme e forte, fazendo inúmeros pontos e conquistando a felicidade a cada dia de suas vidas.
Mãe, essa foi a forma mais adequada que achei para te homenagear. Procurei tantas outras, porém nenhuma era a sua “cara”. Por que não através do vôlei? Aprendi com a senhora a ousar e inovar e o vôlei lhe descreve da melhor maneira possível.
Bom, gostaria de te parabenizar, pois não é todo o dia que completamos 51 primaveras. hehe Venho por meio deste lhe desejar tudo de mais belo que a vida tem a oferecer, que o brilho que te consome nunca acabe e que Deus ilumine cada ponto que ainda fizer! Parabéns pelo seu aniversário, você é incrível e única! Eu te amo e te admiro muito!
Com carinho, sua filha caçulinha!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Onze minutos

Comecei a ler o livro "Onze minutos" do Paulo Coelho. Uma leitura agradável com uma história envolvente, fazendo com que você devore página por página, não desejando parar. O enredo se desenrola a partir de uma menina nordestina que não conhece nada da vida, mas que sonha alto. Ao se aventurar pela Europa se transforma em uma prostituta, deixando de lado a felicidade e focando apenas em conseguir dinheiro vendendo seu corpo para poder voltar a sua terra e dar uma fazenda para sua família. Porém, em uma de suas tardes livres um pintor a aborda, pedindo para pinta-la, segundo ele a moça tem uma luz. Sem entender ela começa a se questionar sobre qual luz que ele poderia ter se referido, afinal ela é uma prostituta. Após a pintura ele explicou que no olhar dela existe uma luz muito forte, deixando-a confusa. 
Bom, onde eu quero chegar é que após a conversa a moça percebeu o quão infeliz ela era por não conseguir se compreender e tão pouco se apaixonar, desfrutando apenas do seu dinheiro que ganhara prostituindo-se. Foi inevitável imaginar quantas pessoas existem como ela, que deixam a felicidade escapar entre as mãos. Sempre fui contra a aqueles que vivem sua vida para o trabalho, deixando pequenos momentos para trás. Um exemplo disso são aqueles pais que são obrigados a trabalhar o dia todo e ao chegar em casa não podem desfrutar da companhia de seu filho pois está tarde e provavelmente o pequeno estará dormindo. Então lhes pergunto, até que ponto vale a pena nos escravizarmos no trabalho? 
A vida passa rápido e os momentos jamais voltarão, por isso devemos usufruir ao máximo o que temos. Uma vida sem felicidade não pode ser considerada vida, pois a vida é feita de momentos para que possamos compartilhar com pessoas na qual gostamos e nos fazem bem.